A dificuldade de se viver no Brasil

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A dificuldade de se viver no Brasil
A dificuldade de se viver no Brasil

Todos os dias em nosso país nos deparamos com problemas de segurança, educação, impostos, instabilidade econômica, corrupção em todos os níveis e crises emocionais permanentes. Não há quem já não tenha pensado em morar fora do Brasil ou em viver afastado dos grandes centros, pois ganhar o “pão de cada dia” e sobreviver a tudo isso está cada dia mais difícil com as determinações dos governos e de suas políticas. E não importa qual o governo. Viver nas grandes cidades está cada dia pior!

O jornal Folha de Pernambuco afirmou pelo quarto ano consecutivo que o Brasil aparece como um dos piores lugares para se viver no mundo. E com razão! Em um levantamento anual realizado em 2019 pela rede InterNations Worldwide das 64 nações avaliadas no ranking, o Brasil encontra-se na 61ª. posição.

Segundo Vanúzia dos Santos, bacharel em contabilidade e direito tributário, no Brasil para os profissionais autônomos que prestam serviços, a carga tributária chega a 47%, com tributos municipais e federais sobre a receita bruta auferida. Vamos avaliar: IRRF 27,5% alíquota máxima para as receitas recebidas acima de R$ 4.664,68. INSS 14% e ISS de 5%. Sem contar que, ao adquirimos produtos ou serviços para consumo, dentro do preço dos produtos já estão embutidos todos os impostos. Já para as empresas a carga tributária é ainda mais alta, chega em torno de 65,65%, caso ela não seja indústria e nem importador. Pois nesses casos ainda teria o imposto sobre produtos industrializados IPI em que a alíquota vária de 0% a 300%. Os incentivos e retorno para a população por parte dos governos são poucos ou nenhum.

O Brasil vai mal das pernas em diversos âmbitos, principalmente em educação e na segurança publica, aspectos estes muito delicados para se ter uma qualidade de vida de paz e tranquilidade. Há muito o que se fazer para melhor a nação. O nível de corrupção, por exemplo, atinge diversos setores da nossa sociedade. Todos conhecem o Brasil como o “país do jeitinho”.

Os tributos exigidos, por exemplo, para assegurar o correto funcionamento do Estado e da coletividade são extremamente exorbitantes. Cada dia novas leis e novas taxas e tarifas. Sempre invencionices novas são criadas por equipes especializadas para arrecadar mais. Conforme a contadora Vanúzia, a instabilidade econômica e fiscal impede de a sociedade crescer com tranquilidade e de fazer uma projeção para o futuro. Não há equilíbrio emocional que suporte a isso tudo! Todos os dias novas leis são criadas sempre com fins econômicos e objetivo de captar mais por falta de consciência de nação e por ganância. E quem tem que suportar tudo isso é a sociedade como um todo, especialmente os empresários, desde os menores até os maiores.

É evidente que a sonegação aconteça em um país onde os impostos são extorsivos e a retribuição do Estado seja ínfima. Entra ministro e sai ministro e sempre onera o contribuinte brasileiro.
Para conserto de estradas a demora média é de até três anos. O trevo do Atuba, que é o cruzamento para várias cidades metropolitanas, está em obras há pouco tempo, mas ficou em um “jogo de empurra” por quase 20 anos. E quem sofre somos todos nós, é o trânsito, os empresários que instalaram suas empresas e que dependem de veículos para transporte de materiais.

As alíquotas do imposto de renda, por exemplo, sempre chegam a ser quase extorsões e os tributos são absurdamente altos! O brasileiro precisa trabalhar aproximadamente 6 meses do seu ano para pagar as contribuições financeiras impostas pelo Estado. Quem sobrevive a este caos no Brasil é um vencedor, um escravo do sistema ou um partícipe deste conluio.

Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os brasileiros têm que trabalhar até junho de cada ano só para pagar os impostos do governo federal, estadual e municipal. São aproximadamente 180 dias de trabalho do ano para pagar toda a sobrecarga hiperbólica tributária do país. Para se ter uma ideia, segundo o site impostometro.com.br, o Brasil arrecadou do primeiro dia de janeiro de 2021 até hoje, 17 bilhões de reais.

No que diz respeito aos bancos comerciais, estes “deitam e rolam” aplicando tarifas cada dia mais absurdas, inventando pacotes e faturando cada dia mais sobre os clientes. Elaboram, inclusive, segmentos especiais denominados Prime e Private para “caçar” clientes com mais poder econômico para faturar mais. Os bancos comerciais mais importantes e que mais faturaram no Brasil até 31 de dezembo de 2019, chegaram a mais de 6 bilhões e meio de reais de lucro.

A corrupção, por seu turno, está inserida em todos os níveis da sociedade brasileira desde a implantação da República. Segundo os números da Organização Não-Governamental Transparência Internacional que divulga desde 1995 o Índice de Percepção da Corrupção, a escala que vai de 0 a 100, sendo 0 o muito corrupto e o 100 nada corrupto. O estudo e pesquisa foi feito em 182 países, entre eles o Brasil. E o ranking mundial do Brasil está como 73º. país mais corrupto do mundo. Pesquisas feitas por outros institutos no Brasil mostram dados alarmantes e que mostram que em torno de 61% dos estrangeiros que aqui vivem aqui, classificam o nível de segurança publica e educacional no Brasil como ruim ou sofrível e não estão satisfeitos.

Já as cooperativas de saúde com seu marketing exuberante em rádio e televisão estimulam os brasileiros a pagar pela saúde privada demonstrando que o governo é ineficaz com seu atendimento. Entretanto, o art. 196 da Constituição diz: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Isso é pura ficção! As casas de saúde e hospitais também entram neste abuso. O paciente que paga caro pelo seu plano de saúde muitas vezes é mal atendido tanto quanto o consumidor do Sistema Único de Saúde. O transtorno é geral.

Já na educação, o Brasil encontra-se em uma das posições mais baixas apesar de órgãos do governo afirmar o contrário. O analfabetismo ainda existe no Brasil. As escolas públicas eram, no passado, um exemplo a ser seguido. Mas, atualmente, o descaso do governo com as políticas de educação e investimento social deixou as escolas com deficiência para reformas, construção, investimento de pessoal etc. O próprio seguimento educacional e sua metodologia ficou a desejar em virtude das políticas sociais impróprias que produzem diariamente analfabetos funcionais.

O desconforto ainda é maior quando se trata de segurança pública. Segundo a UNESCO, a segurança de crianças e jovens ainda é muito baixa no Brasil, especialmente nas classes mais desvalorizadas. Entre jovens de 13 e 24 anos, encontramos situações de pobreza parcial ou total, evasão escolar, falta de ocupação, violência doméstica e institucional, uso de álcool e drogas ilícitas e índices de criminalidade.
Enfim, o que resta para todos nós? Precisamos de mudanças radicais e abruptas em todo o sistema. O Brasil precisa de políticos de caráter firme, e eliminarmos do poder os lascivos e indecentes, os manipuladores e calhordas. Não podemos poupar nada que abale as estruturas do bem e da verdade. Tudo deve ser reformado no Brasil. Temos que deixar de ser passivos e preguiçosos.

Temos que seguir o modelo de nações que avançaram e progrediram com consciência. Benjamin Franklin dizia: “a preguiça anda tão devagar que a miséria facilmente a alcança”. E só alcançaremos proeminência quando passarmos a trabalhar arduamente com a meta de transformar positivamente o Brasil. Henry Ford, empreendedor e engenheiro mecânico estadunidense, afirmava: “Dias prósperos não vem por acaso; nascem de muita fadiga e de muita persistência”.

Não é o Brasil que não presta: é o sistema e o político indecoroso. Somos nós que precisamos de uma verdadeira educação. Somo nós os responsáveis por tudo isso que estamos vivendo. Nós que nos acomodamos e que ficamos inertes e paralisados diante de tantas injustiças e não fizemos nada. É claro que muitos de nós estão trabalhando positivamente nos bastidores dando apoio aos protagonistas no cenário nacional. Mas ainda assim, somos nós que permitimos ser governados por políticos imorais e torpes. Somos nós que votamos ingenuamente em gente corrupta e lasciva e agora aguentamos as consequências. Somos nós é que aceitamos a propina, a gorjeta e a decomposição e o apodrecimento da nossa nação. Monteiro Lobato, escritor e ativista, já dizia: “um país se faz com homens e livros”. A mudança acontece de tempos em tempos, mas a transformação precisa ser definitiva. Todos merecem um Brasil melhor.

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Uberto Afonso A. da Gama
Prof. Dr. UBERTO AFONSO ALBUQUERQUE DA GAMA 60 anos, é casado com a Dra. Adriana Chiquetto da Gama, pai de cinco filhos e empresário. É graduado em Educação Física, com registro no Conselho Regional de Educação Física, CREF nº 14.394-G/PR; bacharel em Teologia e licenciado em Filosofia. Tem especialização em Psicologia do Desenvolvimento e em Psicanálise Humanista, com concentração na área de Saúde e Bem-Estar Social, com registro no Conselho Internacional de Psicanálise. Tem mestrado em Neuropsicanálise e é membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNp). Tem MBA em Administração Esportiva e de Academias. Prof. Uberto é mestre em Yoga pela União Latino-Americana de Yoga, e membro honorário do Hinduism Today, no Havaí. Recebeu seu Doutor Honoris Causa pelo Vishwa Unnyayan Samsad, Índia, também conhecido como World Development Parliament (WUS), por apresentar a codificação do mundial do Yoga tendo sido o segundo brasileiro a traduzir do idioma sânscrito para o inglês e português, e comentar o livro “Pátañjali Yoga Sutra”, da literatura clássica do Hinduísmo (2009). É Doutor Honoris Causa em Educação Física pela Cambridge International University e recebeu a “Medalha Reynaldo Ramón” pelos seus méritos em Educação Física. Recebeu a “Medalha Gold Award” do Conselho de Educação Física e Esportes dos Estados Unidos. É grão-mestre de Hapkido e Taekwondo, faixa-preta 7º. Dan, tendo ministrado aulas de defesa pessoal na Escola Superior da Polícia Civil do Paraná e na Academia Policial Militar do Guatupê. Foi colunista convidado do jornal Gazeta do Povo, e do jornal O Estado do Paraná, entre outros veículos de comunicação, e atualmente escreve para vários jornais entre eles "Jornal Planeta". Recebeu menção honrosa da Câmara dos Deputados, em Brasília. É jornalista (MTB nº. 10.645/DF) editor-chefe da Revista Vídya News, da qual é sócio-diretor e dirige o Programa de rádio Vidya News. Fez diversas viagens de estudos à Índia, Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Emirados Árabes, África do Sul, entre outros países. Foi delegado-chefe no Brasil da World University Roundtable (EUA), na década de 90. É autor de vários trabalhos científicos publicados e alguns no prelo, e autor de diversos livros já publicados no mercado brasileiro. Foi membro consultor do Institut des Affaires Internationales, em Paris. Foi membro da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte. É juiz arbitral e membro do Tribunal de Justiça Arbitral e de Mediação do Brasil. É Doutor Honoris Causa em Literatura pelo Conselho Euro Latino-Americano de Escritores e membro da Academia Mundial de Ciências Humanas. Atualmente, é fundador e sócio-diretor da Clínica Vídya Ltda e também do Sistema Vidya de Desenvolvimento Profissional e Gerencial Ltda e da Editora Vídya, e membro honorário da International Police Association (IPA São Paulo), membro especial da Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz (ABFIP) da ONU. CONTATOS, PALESTRAS E AULAS: E-MAIL: mestrevidya@gmail.com WHATSAPP: (41) 98758-1455.