Pesquisadores japoneses têm a intenção de lançar um satélite construído com materiais de madeira para o espaço

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O satélite, criado por cientistas da Universidade de Kyoto utilizando madeira de magnólia, está programado para ser lançado ao espaço em uma missão colaborativa com a agência espacial japonesa e a NASA em 2024.

 

Enquanto a visão convencional do “futuro” inclui foguetes de alumínio, arranha-céus de aço, veículos de alta velocidade e fachadas de vidro, Koji Murata, pesquisador da Universidade de Kyoto, no Japão, está explorando uma abordagem diferente. Ele imagina o uso de materiais biológicos no espaço, e sua pesquisa culminou na criação de um satélite feito de madeira de magnólia.

Em vez de seguir a tradicional construção espacial com metais, Murata propõe satélites de madeira, destacando que, no final de sua vida útil, a madeira queima e se torna gás, enquanto os metais se transformam em partículas finas, potencialmente prejudicando a camada de ozônio da Terra.

A equipe de Murata trabalha nesse projeto há quatro anos, enviando amostras de madeira ao espaço em 2021 para testar a resiliência do material às condições espaciais. Agora, em parceria com a agência espacial japonesa (JAXA) e a NASA, eles planejam lançar o protótipo do satélite chamado LingoSat no início do próximo ano.

A madeira de magnólia foi escolhida devido à sua resistência e uniformidade celular, tornando-a mais fácil de trabalhar e menos propensa a rachaduras. A pesquisa destaca a madeira como uma opção sustentável e de baixa densidade para a construção de estruturas espaciais.

Essa iniciativa visa não apenas fornecer uma alternativa mais ecológica para satélites, mas também explorar o potencial da madeira no espaço. Outras startups, como a finlandesa Arctic Astronautics, também projetaram satélites de madeira, indicando uma crescente tendência para materiais mais sustentáveis no espaço.