O papel dos pais em ensinar os filhos a sonhar os próprios sonhos

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Neste Dia das Crianças, a data convida não apenas à celebração da infância, mas também à reflexão sobre o papel dos pais na formação emocional e educacional dos filhos. A relação entre o sonho dos pais e o sonho das crianças é, muitas vezes, o ponto em que se decide se o futuro será guiado pela liberdade ou pela imposição.

“Pai, quando eu crescer quero ser jogador de futebol! Mãe, quero ser criador de jogos de videogame!” — frases como essas fazem parte do imaginário infantil, mas também despertam nos pais sentimentos mistos entre orgulho e preocupação. Afinal, nem sempre o que os filhos sonham coincide com o que os pais idealizaram para eles.

Planejar o futuro dos filhos é natural e demonstra amor, mas é fundamental compreender que os projetos parentais devem permanecer como sonhos — e não como imposições. O papel dos pais é orientar, aconselhar e apresentar caminhos, mas sem o peso das expectativas que aprisionam. Deixar que as crianças experimentem, errem, conheçam e escolham é parte essencial do processo educativo.

Os tempos mudaram. O mundo profissional já não se resume às carreiras tradicionais. A tecnologia, as artes, a sustentabilidade e a inovação abriram novas fronteiras. Expressões como “isso não dá dinheiro” ou “isso não fará de você alguém importante” precisam ser abandonadas. O valor de uma profissão está na contribuição que ela oferece à sociedade e na realização pessoal que proporciona a quem a exerce.

Educar é, acima de tudo, preparar os filhos para viverem de forma plena, com liberdade e responsabilidade. Como lembrava Sócrates, “o mais importante não é viver, mas sim, bem viver”.

Neste 12 de outubro, que pais e mães celebrem não apenas as crianças que têm em casa, mas também o privilégio de acompanhá-las no caminho da autodescoberta — aprendendo, com elas, que há sonhos que só podem ser sonhados por quem os viverá.

Comemorar o Dia das Crianças é, também, reafirmar a importância de uma educação baseada no diálogo, no respeito e na liberdade de ser.