A Luz da Tolerância: Um Chamado à Paz Mundial no Início de um Novo Ano

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Neste primeiro dia do ano, celebrado como o Dia Mundial da Paz, somos convidados a refletir sobre os desafios e esperanças da humanidade. Apesar do avanço tecnológico e dos sonhos de harmonia que marcaram o início do século XX, o século XXI continua a testemunhar guerras, desigualdades e intolerância. Contudo, ao revisitar às palavras de Voltaire, extraídas de sua “Prece da Tolerância”, encontramos um guia atemporal para a convivência fraterna e a busca por paz.

Voltaire, escritor e filósofo iluminista do século XVIII, comungava de um profundo respeito pela fé em Deus e pela humanidade. Sua “Prece da Tolerância” clama por um mundo em que as diferenças entre os homens — culturais, religiosas ou sociais — não sejam motivos de ódio e violência, mas oportunidades de aprendizado e união. Ele escreve:

“Que todos os homens se recordem de que são irmãos! Que as pequenas diferenças entre os trajes que cobrem nossos frágeis corpos, entre nossas insuficientes linguagens, entre nossas imperfeitas leis, não sejam sinais de ódio e de perseguição.”

Essa mensagem ressoa poderosamente no Dia Mundial da Paz, um marco anual para repensarmos os açoites da guerra e os esforços para a construção de um mundo mais justo. Em um cenário global onde conflitos armados continuam a ceifar vidas e o discurso de ódio ainda encontra eco, as palavras de Voltaire são uma lembrança de que a tolerância é uma escolha ativa, exigindo compaixão e compreensão.

Mais do que um apelo à coexistência pacífica, a prece de Voltaire propõe uma reorientação dos valores humanos. Ele aponta para um Deus universal, que ama todos os seres e nos chama à fraternidade:

“Deus de todos os seres, de todos os mundos, de todos os tempos. Que empreguemos o instante de nossa existência em bendizer em milhares de idiomas Tua bondade que nos concedeu este instante.”

No Dia Mundial da Paz, a “Prece da Tolerância” é um lembrete de que as fronteiras, os idiomas e as culturas, embora nos separem na superfície, não apagam a essência de que somos todos irmãos. Voltaire nos convida a viver em comunhão, transformando as adiversidades em força e em oportunidade de crescimento.

Como ele mesmo afirmou:
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo.”

Essa célebre frase encapsula a essência da tolerância e da paz: respeitar o outro em sua totalidade, mesmo nas diferenças mais profundas. Que neste novo ano possamos internalizar essa mensagem e torná-la uma prática diária, buscando um mundo onde a paz não seja um ideal distante, mas uma realidade cotidiana.