Como a tecnologia, a inovação e as novas políticas monetárias globais estão remodelando o mercado de câmbio

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O CEO discute o impacto da tecnologia na evolução do mercado de câmbio contemporâneo.

 

Nos últimos anos, o mercado brasileiro de câmbio passou por transformações significativas, resultantes da condução da política monetária global, eventos geopolíticos e da influência do comportamento das novas gerações. Essas mudanças refletem uma adaptação à era digital e culminaram no novo marco cambial, em vigor desde dezembro de 2022. Esse marco regulamenta e simplifica as transações de empresas e pessoas físicas ao comprar moedas ou realizar transferências internacionais.

Anteriormente restrito a empresas de comércio exterior (Comex) e investidores, o mercado de câmbio despertou interesse mesmo entre aqueles com pouco conhecimento prévio, refletindo uma mudança comportamental acentuada e os impactos da pandemia de Covid-19, que resultou em medidas econômicas, inflação global e taxas de juros elevadas. Além disso, a proliferação de aplicativos móveis, impulsionada pelo advento do 5G em um mundo digitalmente conectado, facilitou transações financeiras, incluindo as cambiais.

A ascensão de super aplicativos, serviços de open banking, pagamentos instantâneos como o PIX e transações de baixo custo contribuíram para uma revolução no mercado de câmbio. Fintechs e bancos digitais desempenham papel crucial nessa transição, fornecendo plataformas online que eliminam intermediários tradicionais, permitindo que cidadãos realizem operações cambiais de forma intuitiva e independente da finalidade. Essa mudança representa um avanço significativo em relação ao passado, quando tais operações demandavam a assistência de especialistas e visitas a casas de câmbio.

A tecnologia, aliada ao novo modo de vida, também impulsionou o desenvolvimento de sistemas de pagamentos instantâneos, como o Pix, que se tornou o principal instrumento do mercado financeiro brasileiro, respondendo por 29% de todas as movimentações em 2022, conforme dados do Banco Central. Essa adoção no mercado de câmbio redefiniu os processos de compra, venda e troca de moedas estrangeiras, tornando as transferências internacionais mais eficientes, rápidas, seguras e convenientes.

Na atual era, a experiência do usuário tornou-se um critério fundamental, exigindo que fintechs e instituições financeiras implementem tecnologias capazes de transformar estruturas complexas em aplicativos comerciais intuitivos. Essa evolução busca atender às necessidades dos brasileiros, tornando as operações, inclusive as cambiais, mais acessíveis e simplificadas, conforme evidenciado pelos termos mais populares ou frequentemente buscados no Google nos últimos 12 meses.