É com entusiasmo que comunico integração à equipe de colunistas do jornal planeta. Falando de empreendedorismo e inovação e com motivação escrevo sobre análises, pesquisas, e conceitos de uma jornada de 10 anos atuantes no empreendedorismo feminino.
Assunto bem pertinente por estarmos às vésperas da comemoração do dia Internacional da mulher.
Empreender no Brasil não é para amadores, basta examinar o cenário político econômico, os riscos intensos que afastam os investidores das terras tupiniquins, somar a desvantagem da falta de atenção a educação, uma vez que, se lições de finanças estivessem na base das escolas, os estímulos aos caminhos da prosperidade seriam outros, afinal no nosso país, a maioria alcança sua formação acadêmica e troca por um piso salarial, nada contra quem opta pela modalidade de colaborador, desde que os recursos atendam os padrões de uma vida digna.
Das lições que tivemos no âmbito econômico no nosso país, permanecer empreendendo é quase uma teimosia, entretanto, quem fez essa escolha, entende que a força motriz que o conduz para provocar uma virada na vida é inerente a qualquer situação.
Vale ressaltar que aqui nos dirigimos a dois tipos de pessoas, as que se prepararam para o desafio diário do empreendedorismo, se capacitando para suas exigências e aquelas que diante de uma recessão foram expelidas do mercado de trabalho, não tiveram opção de volta e para ” tocar a vida ” decidiram montar um negócio.
Nos dois exemplos citados o êxito só ocorre quando alinhamos a ideia a uma força maior, que denominamos de Propósito.
Me recordo como se fosse hoje, daquele oito de agosto de 2016, em que eu voltava da minha segunda licença maternidade e o Brasil enfrentava mais uma crise, a do impeachment da presidenta da ocasião, alguns dias depois ela foi afastada e os números caóticos da desafasagem econômica só declinava. No meio daquele caos, fora da redação/produção da emissora que eu pertencia, nascia uma empreendedora, a fim de fazer tudo diferente…
A primeira decisão foi investir em uma faculdade de marketing, entender sobre os altos e baixos do mercado e abrir um cadastro nacional de pessoas jurídica (CNPJ). Aqui confidencio algo de praxe da minha rotina…quando as circunstâncias saem fora de controle é hora de se recolher e recorrer aos livros.
O segundo passo vinha em aperfeiçoar meu propósito, ( O de ajudar mulheres a não passar pela dor que eu passei, talvez se eu não tivesse optado em ser mãe naquele momento eu estaria ainda na função de colaboradora de uma redação até hoje…e aqui eu confesso que o meu propósito se consolidou mais rápido que o meu negócio. Reunir mulheres e falar de carreira, trabalho, oportunidades e dinheiro não é uma tarefa simples, haja vista que existe uma disputa intensa e desnecessária entre o gênero, mas nem todas estão preparadas para essa conversa, porém quando nos conectamos com as pessoas certas, as condições para a jornada da oferta e procura são propensas a ótimos fechamentos).
A partir daí eu comecei a realizar os primeiros eventos de negócios para empreendedoras em Ribeirão Preto/SP. Criei um grupo de negócios aqui, e outro na capital, me vi protagonista daquela expressão que diz, fui atirada aos lobos e voltei liderando a alcatéia…
Tempos depois comecei a ser descoberta por vários movimentos que conectavam empresárias no Brasil e fora dele.
O CNPJ passou por várias mudanças internas, e a empreendedora desenvolveu outras habilidades, continuou investindo no seu maior patrimônio, que é seu conhecimento, para se manter na ” selva de pedras ” do empreendedorismo.
De lá até hoje, inúmeras oportunidades surgiram, uma infinidade de conquistas, mas nenhuma delas se compara ao poder de influenciar na vida de outras empresárias a não desistirem do seu alvo!
E para a celebração do dia internacional da mulher desse ano de 2025, reconhecimento e a gratidão às mulheres que vieram antes de nós e abriram caminhos para que chegássemos até aqui…A jornada ainda é grande em favor da equidade, que juntas possamos criar as condições propícias para uma vida com muita leveza, legitimidade, autenticidade, sem apertos, e esse último, vale para negócios, relações e sapatos!