Registro do maior fenômeno astronômico em mais de 50 anos: o evento raro capturado em março é o mais significativo testemunhado por telescópios.
Telescópio Espacial James Webb e outros observatórios presenciam uma colossal explosão espacial que originou elementos químicos raros, alguns essenciais à vida. A explosão, ocorrida em 7 de março, foi a segunda explosão de raios gama mais intensa registrada por telescópios em mais de 50 anos, superando em mais de um milhão de vezes o brilho total da Via Láctea. Denominada GRB 230307A, a explosão resultou da fusão de duas estrelas de nêutrons, os remanescentes incrivelmente densos de estrelas após uma supernova, situada em uma galáxia a aproximadamente 1 bilhão de anos-luz de distância. Além da explosão de raios gama, a fusão gerou uma quilonova, um evento raro quando uma estrela de nêutrons se funde com outra estrela de nêutrons ou um buraco negro, conforme estudo publicado na revista Nature. O Telescópio Espacial James Webb foi fundamental para detectar a assinatura química do telúrio, um metaloide raro, liberado após a explosão. Astrônomos acreditam que outros elementos próximos ao telúrio na tabela periódica, incluindo o iodo, essencial para a vida na Terra, provavelmente também estão presentes no material liberado pela quilonova, proporcionando novas informações sobre a formação de elementos químicos no universo.