O Grito Silencioso do Inocente: o Julgamento do Supremo Tribunal Federal Sobre o Aborto

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O julgamento recente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o aborto levantou uma série de questões éticas, legais e morais que merecem uma análise profunda. Neste contexto, muitos defensores do direito à vida enfatizam a importância desse princípio constitucional e argumentam que ele se estende ao direito de defesa do feto e ao dever de proteção do Estado.

Além disso, surgiram histórias impactantes, como a de um médico abortista que alega ter feito experimentos com ultrassom, sugerindo que o feto pode emitir sinais de sofrimento durante o procedimento.

O princípio do direito à vida

O direito à vida é um dos princípios fundamentais da Constituição Brasileira, consagrado no artigo 5º e para muitos, esse direito começa na concepção e deve ser protegido em todas as fases do desenvolvimento humano. Argumenta-se que, ao legalizar o aborto em qualquer circunstância, corre-se o risco de banalizar o direito fundamental tutelado pelo Estado, abrindo precedentes perigosos.

Neste sentido, o direito à vida deve ser tratado desde a concepção. Portanto, o feto deve ter o direito de ser protegido contra qualquer ação que ameace sua vida, pois é dever do Estado proteger toda forma de vida e ao autorizar o aborto até aproximadamente o 3⁰ mês de gestação o Estado estaria negando ao feto a oportunidade de se defender.

O dever de proteção do Estado

O direito à vida é dever do Estado de proteger todos os cidadãos, inclusive os não nascidos. A legalização do aborto não apenas falha em proteger o feto, mas também pode enviar uma mensagem de desvalorização da vida humana. Isso levanta preocupações sobre a sociedade em que desejamos viver e os valores que desejamos promover.

A História de Dr. Bernard N. Nathanson, o médico abortista que realizou experimentos com ultrassom no aborto

Para compreender melhor o contexto do debate em torno do aborto e a discussão sobre o direito à vida, é importante destacar a história do Dr. Bernard N. Nathanson, uma figura notável que desempenhou um papel significativo na mudança de perspectiva sobre o aborto nos Estados Unidos.

Bernard Nathanson era um médico obstetra e ginecologista que, em suas primeiras décadas de carreira, foi um defensor ardente do direito ao aborto. Ele desempenhou um papel na fundação da Liga de Ação pelo Direito ao Aborto (NARAL) nos Estados Unidos e foi um dos principais promotores da descriminalização do aborto nos anos 1960 e 1970.

No entanto, a vida de Nathanson tomou uma reviravolta surpreendente quando ele começou a duvidar de suas próprias convicções.

Com o avanço da tecnologia de ultrassom, ele passou a ter acesso às imagens em tempo real do desenvolvimento fetal. Essas imagens o fizeram repensar sua posição sobre o aborto, pois ele passou a ver o feto como uma vida humana em desenvolvimento.

Nathanson se tornou um proeminente ativista pró-vida e passou a dedicar sua vida a advogar pela proteção da vida fetal. Ele produziu um documentário influente chamado “The Silent Scream” que mostrava um feto de 12 semanas reagindo ao procedimento de aborto.

O documentário gerou considerável controvérsia e provocou debates sobre o potencial sofrimento fetal durante o aborto, ao afirmar que durante um procedimento de aborto com uso do ultrassom, ao introduzir o instrumento que realiza a mutilação dos membros ouviu o som, semelhante a um grito, do feto comprovando o sofrimento infligido aos fetos abortados.

A história de Bernard Nathanson ilustra como a evolução da tecnologia médica, como o ultrassom, pode desempenhar um papel crucial na mudança de perspectiva sobre o aborto e na consideração do direito à vida fetal. Seu testemunho e seu trabalho influenciaram muitas pessoas a repensar suas opiniões sobre a questão do aborto, e ele continua a ser uma figura importante na discussão sobre esse assunto.

Conclusão

O julgamento do STF sobre o aborto é uma questão profundamente divisiva e complexa, que coloca em conflito as pessoas, pois à luz do princípio constitucional do direito à vida, continua a ser uma questão complexa e altamente controversa.

Defensores do direito à vida argumentam que o direito à vida deve se estender ao feto, enquanto os defensores do direito de escolha das mulheres enfatizam a autonomia e a liberdade e é dever do Estado de proteger seus cidadãos em qualquer fase da vida.

Enquanto isso, a história do Dr. Bernard N. Nathanson é um exemplo fascinante de como um indivíduo pode mudar suas convicções profundamente arraigadas após ser confrontado com novas evidências e tecnologias.

Sua transição de defensor do direito ao aborto para um proeminente ativista pró-vida ressalta a complexidade do debate sobre o aborto e como as questões morais e éticas em torno do direito à vida fetal continuam a ser objeto de discussão e reflexão em todo o mundo.

Este é um debate que continuará a desafiar nossa sociedade e nossos valores por muito tempo.

Por aqui, sigo concordando com às palavras do poeta Mário Quintana:

“O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo…
Nem pode haver roubo maior.
Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo.
O aborto é o roubo infinito.”

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Italu Bruno Colares Oliveira
É um pesquisador renomado, reconhecido e acreditado em mais de 110 países portador de ISNI pela Biblioteca Nacional da Espanha. Possui um QI de 143 percentil 99 (laudado) com registro no Exercito Brasileiro como atirador, colecionador de Armas e Caçador. O mesmo também possui registro no Ibama relacionado a caça com arma de fogo. Trilíngue, Compositor, Músico, Pós Doutor em E-Learning pela UFP- Universidade Fernando Pessoa em Portugal, PhD em Teologia pela California University-USA, Doutor em Ciências da Religião pela UEP ? Universidad Evangelica del Paraguay (processo de reconhecimento iniciado na Universidade Mackenzie), Mestre em Teologia pela Gordon University-USA, possui MBA em Gestão de Recursos Humanos e é Pós Graduado em Psicopedagogia Clínica pela Faculdade Einstein. É Pós Graduado em Psicanálise Clínica, Pós Graduado em Docência do Ensino Superior e Pós Graduado em Teologia pela Faculdade Darwin. Possui Extensão universitária em Direito Arbitral pela Faculdade Darwin e uma Extensão Universitária em Epistolas Paulinas pela Universidade de Harvard-USA. Possui extensão em Empreendedorismo pelo MIT -Massachussets Institute Technology. É Pedagogo pela FATEBOV, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Pan-Americana e Bacharel em Teologia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil. Foi certificado pela Nasa no projeto Ciêntista por um Dia. Entre as honras e recebeu os seguintes títulos honoríficos: Doutor Honoris Causa em Humanidades pela Cambridge International University-UK, Doutor Honoris Causa em Teologia pela Faculdade Einstein, Doutor em Filosofia de Santo Anselmo de Canterbury College-Chile e Doutor Honoris Causa em Administração pela FIB. Dentre suas atividades destaca-se as seguintes: Teólogo, Pedagogo, Conferencista Internacional, Professor Universitário, Psicanalista, Psicopedagogo, Escritor, Jornalista com registro profissional no Ministério do Trabalho e Emprego no Brasil e Empresário. É respeitado por muitos como uma das maiores autoridades acadêmicas no campo da teologia na América Latina. Dr. Italu colares já foi homenageado e reconhecido por diversas instituições no Brasil e no exterior pelos serviços prestados ao planeta com fim de tornar esse mundo melhor. O mesmo foi homenageado em mais de 16 Países sendo os seguintes: Iraque, Venezuela, Chile, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Paraguai, Portugal, Brasil, Nigéria, Alemanha, Índia, Coreia do Sul, Líbano, Cuba, Sri Lanka, Vaticano e Itália. O mesmo foi apresentador do quadro Dialogo Teológico no Programa Estúdio Livre na Rede TV todos os Sábados ás 11:00 da manhã (Brasil-Brasília-DF) no ano de 2017. O mesmo produz conteúdo para Radio, TV e Jornais.