A hora da verdade: o que está em jogo nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia

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Em tempos de guerra entre a Rússia e Ucrânia, o Brasil se destaca como um país importante para mediar o fim da guerra entre Ucrânia e Rússia por várias razões.

Em primeiro lugar, o Brasil é um país neutro e não tem histórico de conflitos com nenhum dos dois países, isso significa que o Brasil pode ser visto como um mediador imparcial e confiável pelas duas partes envolvidas na guerra.

Além disso, o Brasil tem uma posição estratégica na América Latina e é um dos principais países da região. Isso significa que o Brasil pode usar sua influência regional para pressionar as partes envolvidas na guerra a chegar a um acordo de paz.

Outra razão pela qual o Brasil é importante para mediar o fim da guerra entre Ucrânia e Rússia é que o país tem uma economia forte e diversificada. O Brasil é um grande produtor de commodities como soja, milho e minério de ferro, que são importantes para a economia global. A guerra na Ucrânia pode afetar os preços dessas commodities e ter um impacto negativo na economia global e usar sua influência econômica para pressionar as partes envolvidas na guerra a chegar a um acordo de paz.

O Brasil tem uma longa tradição de diplomacia e mediação em conflitos internacionais. O país já atuou como mediador em conflitos em outros países, como Haiti e Timor-Leste, isso significa que o Brasil tem experiência em mediar conflitos internacionais e pode ser capaz de ajudar a resolver a guerra entre Ucrânia e Rússia, além de ser um parceiro econômico da China que apoia a Rússia nestas invasões às terras ucranianas.

Outro aspecto importante que se deve levar em consideração é a diplomacia entre Brasil e China que atualmente apoia as invasões russas em terras ucranianas. A China apresentou um plano de paz para a Ucrânia, que inclui um cessar-fogo, negociações de paz e o fim das sanções contra a Rússia. A China apoia a soberania da Ucrânia, mas também considera legítimas as preocupações de segurança da Rússia e o plano de paz reflete a ambiguidade que Pequim tem mantido desde que a guerra começou. A China tenta se apresentar como mediadora para impedir que a Rússia sofra uma derrota catastrófica e para remediar suas relações com a Europa que apoia a Ucrânia.

A União Europeia e os principais países envolvidos nos esforços de mediação do conflito entre Ucrânia e Rússia, os aliados na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e as nações vizinhas têm sido responsáveis por receber a maior parte dos ucranianos fugindo da guerra, em missões de paz.

A Itália enviou 110 milhões de euros em ajuda imediata ao governo da Ucrânia, enquanto a Espanha prometeu 20 toneladas de suprimentos. França, Holanda, Turquia e Grécia também estão entre os países que ajudam a Ucrânia durante a invasão russa.

Porém, a União Europeia tem desempenhado um papel importante na mediação do conflito entre Ucrânia e Rússia e tem apoiado a Ucrânia com ajuda humanitária e financeira, além de impor sanções econômicas à Rússia. A UE também tem trabalhado em estreita colaboração com a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e outros parceiros internacionais para ajudar a resolver o conflito.

As sanções econômicas da UE têm afetado duramente a economia russa. De acordo com o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, as sanções estão atingindo a economia russa de forma significativa. A produção econômica russa está diminuindo em 10% e eles sofrerão a pior recessão desde o final da Segunda Guerra Mundial. As sanções incluem restrições ao acesso ao mercado financeiro europeu, proibição de exportação de tecnologia para a Rússia e congelamento de ativos de indivíduos e empresas russas.

Neste cenário a ONU tem desempenhado um papel importante na mediação do conflito entre a Ucrânia e a Rússia com a promoção do diálogo entre as partes envolvidas e para encontrar uma solução pacífica para o conflito.

A ONU tem apoiado os esforços da OSCE para monitorar o cessar-fogo e garantir o cumprimento dos acordos de paz.

Independente das posições dos países que circundam a Rússia e Ucrânia é chegado o momento de pensar na paz e no cessar-fogo ante a crise humanitária causada entre as nações sem qualquer precedente.

Inspiro meu pensamento no poema de Pablo Neruda, “Ode à Paz”:

“Não cante a morte, celebre a vida,
não chore a guerra, celebre a paz,
não lamente o ódio, celebre o amor,
não se esconda nas sombras, celebre o sol.

Não se preocupe com o que é errado,
celebre o que é certo,
não se preocupe com o que é feio,
celebre o que é bonito.

Não se preocupe com o que é triste,
celebre o que é alegre,
não se preocupe com o que é difícil,
celebre o que é fácil.

Não se preocupe com o que é impossível,
celebre o que é possível,
não se preocupe com o que é desconhecido,
celebre o que é conhecido.

Não se preocupe com o que é cruel,
celebre o que é gentil,
não se preocupe com o que é escuro,
celebre a luz.

Não se preocupe com a morte,
celebre a vida.”