O poder de nossas escolhas

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O poder de nossas escolhas
O poder de nossas escolhas

Para iniciar minha coluna quinzenal aqui no Jornal Planeta gostaria de refletir sobre o poder de nossas escolhas e de escolhas em geral. Trata-se de livre arbítrio e de como gerenciamos nossa vida e nossas relações.

O mais importante são as escolhas que fazemos, haja visto que, elas norteiam e geram novas conexões neuronais, liberam neurotransmissores e nos permitem prosseguir ou paralisar, além de serem capazes de interferir na genética e estilo de vida de gerações.

Fatores emocionais, ambientais, geográficos e históricos modelam o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos. O ser humano biopsicossocial, escolhe suas ações de acordo com as experiências e disposições, conhecimentos e crenças; sempre levando em consideração a dualidade bem/ mal; certo/errado; saudável/doente, enfim escolhas que afetam as suas perspectivas e impactam em seu corpo e em sua mente.

Vale ressaltar que as emoções geradas a partir de nossas escolhas tornam-se vivas e são cicatrizes na alma e em nossos genes, como demonstrado pelas neurociências, que são o conjunto de ciências e disciplinas científicas e acadêmicas que estudam o sistema nervoso e sua relação e impacto no comportamento humano.

As emoções fazem parte da evolução da espécie humana, constituindo parte fundamental da aprendizagem humana e de sua relação com o meio. Sem dispor de funções de auto-regulação emocional, as emoções tomariam conta das funções cognitivas dos seres humanos e estes seriam governados por elas o que resultaria em uma forma de agir primitiva, impulsiva, excitável, eufórica, episódica e comprometeria nossa vida em sociedade. Eis a razão porque o cérebro humano integra inúmeros e complexos processos neuronais de produção e de regulação das respostas emocionais.

Le Doux (1998) em seu livro “O cérebro social” reafirma que o sistema emocional humano funciona dentro de um espectro comportamental que pode ir da atração magnética impulsiva e curiosa por pessoas, eventos, situações, tarefas, problemas ou desafios, ao seu evitamento imediato (luta ou foge da expressão em inglês “fight or flight”), podendo passar, igualmente, pela sua tolerância adaptativa necessária.

E este sistema emocional que possuímos, obviamente é capaz de ser ativado a partir de experiências positivas e/ou negativas, geradas ou motivadas por escolhas bem ou mal sucedidas, além de modificar a estrutura cerebral do indivíduo e alterar os fluxos dos hormônios e dos neurotransmissores (serotonina, dopamina, cortisol…), gerando instabilidade nos estados emocionais, de aprendizagem e de humor.

Sabendo agora do poder de nossas escolhas e como elas influenciam o nosso cérebro, precisamos nos policiar e ter pensamentos e ações positivas. Um cérebro mergulhado no medo de aprender, em insultos, humilhações está fechado para mudanças ou para novas escolhas. As ações geram reações e o princípio de tudo é o nosso poder de escolha e de transformação.

Faça escolhas saudáveis e que gerem emoções positivas e sentimentos de gratidão, amor e empatia.

E aproveito para convidar você leitor a acompanhar nossa coluna. Aqui estaremos em busca de influenciar você a fazer escolhas saudáveis através de conteúdos, indicações de livros e filmes, tudo embasado na ciência e em como ser ferramenta transformadora para o corpo e para a alma.

Boa Leitura!